Agricultura 4.0 | Coluna Orlando Caliman

Publicada em 09/03/2018 - 07:42

A partir do século 18, avanços na indústria causaram fortes transformações nos processos de cultivo, incrementando a produtividade. A histórica da humanidade nos ensina que a primeira revolução agrícola teria ocorrido na era neolítica, ou seja, há cerca de dez mil anos. Foi quando o homem abandonou as suas atividades caracteristicamente de natureza coletora caça, pesca e o que a natureza lhes ofertava, passando para o processo de cultivo.

Com o tempo, evoluiu-se de processos rudimentares para sucessivas inovações, contando com o uso de ferramentas e máquinas e, gradualmente, utilizando a força animal. No entanto, os grandes avanços tiveram como suporte, principalmente, As revoluções industriais. Assim, a partir do século 18, avanços na indústria provocaram fortes transformações nos processos de cultivo, proporcionando incrementos significativos, especialmente na produtividade.

Não será diferente agora, quando uma nova revolução industrial está em curso, e de forma acelerada, com a indústria 4.0. Vamos ter a agricultura 4.0. Aliás, essa terminologia “agricultura 4.0” já vem sendo utilizada com uma certa frequência, especialmente em circuitos de conversas que tratam de temas que versam sobre como será a economia do futuro, numa perspectiva da era digital.

Se na indústria as transformações já nos causam até “arrepios” e preocupações acerca do futuro, em especial no mundo do trabalho, nas formas e na organização da produção, não poderíamos imaginar algo diferente também para a agricultura. 

Em verdade, a agricultura 4.0 não seria nada mais, nada menos do que as possíveis transformações que ocorrerão nas atividades agropecuárias, algumas delas que já estão em curso, por conta de avanços tecnológicos, sobretudo aqueles ligados ao mundo digital, inteligência artificial, robótica, internet das coisas e tantas outras inovações. São frentes que abrirão novas e mais sofisticadas rotas de desenvolvimento da agricultura.

Observei essa tendência de forma bem clara ao visitar a Feira Agrícola de Verona, na Itália, uma das maiores e mais antigas feiras do setor na Europa, que, aliás, terá a sua primeira versão capixaba, análoga até na denominação, Feiragricola, em agosto deste ano. Pude perceber nas falas oficiais, nas temáticas centrais e também nas próprias exposições e demonstrações, os grandes desafios a serem enfrentados em áreas como inovação, desenvolvimento tecnológico, questões ambientais e transformações da era digital.

Vejo nessa Feiragricola capixaba uma grande oportunidade de dispormos de um “espaço” privilegiado para negócios, intercâmbios, observações, conhecimentos e, por que não, de vitrine para mostrar ao mundo nossos produtos e o que podemos fazer e oferecer.

 

Fonte: A Gazeta





Mais notícias: